Comissão da Verdade debate Valas de Perus

O deputado Adriano Diogo (PT), Carlos Giannazi (PSOL), Suzana Lisboa, da Comissão dos familiares, mortos e desaparecidos políticos e Paulo Abrão, secretário nacional de Justiça e presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, falam em audiência pública sobre a situação das ossadas das Vala Clandestina de Perus.
20/05/2013 19:17

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Nesta segunda-feira, 20/5, a Comissão estadual da Verdade realiza audiência pública para discutir a situação das ossadas da Valas de Perus, onde clandestinamente foram enterrados presos políticos, na época da ditadura, no cemitério Dom Bosco, no bairro de Perus, na capital paulista. Também será tema do encontro o Dia Estadual em Memória dos Mortos e Desaparecidos Políticos, celebrado em 4 de setembro, por meio da Lei 14.594, sancionada em 20 de outubro de 2011 e de autoria do deputado Carlos Giannazi (PSOL). A norma foi criada com o objetivo de preservar a memória dos que foram mortos e desaparecidos durante a ditadura militar (1964-1985).

A audiência, de iniciativa do presidente da comissão, Adriano Diogo (PT), e de Giannazi, ocorre a partir das 15h, no auditório Teotônio Vilela.

Em 1990, durante a gestão da prefeita paulistana Luiza Erundina, foram encontradas 1.049 ossadas sem identificação. A prefeitura determinou a apuração dos fatos e fez um convênio com a Universidade de Campinas (Unicamp) para a identificação das ossadas. Com a interrupção desse trabalho, em 2001, as ossadas são guardadas numa ala do Cemitério do Araçá, próximo ao Instituto Médico Legal (IML) e ficam sob responsabilidade deste órgão e da Universidade de São Paulo (USP). Algumas das ossadas foram identificas, entre elas a de Flávio de Carvalho Molina e Luis José da Cunha, também conhecido como Comandante Crioulo.

Peritos da equipe de Antropologia Forense da Argentina analisaram parte das ossadas da Vala de Perus e concluíram que estavam mantidas em condições precárias, que não foram devidamente lavadas quando retiradas da vala, favorecendo o crescimento de fungos dificultando ou até mesmo impossibilitando a identificação de DNA. Na ocasião, também será apresentado o andamento da investigação das ossadas do Cemitério de Vila Formosa.

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