Comissão de Direitos Humanos ouve Gep sobre uso de trabalho escravo

O deputado Carlos Bezerra (PSDB) disse que os delitos e as desculpas das empresas do ramo têxtil são muito parecidos entre si, e usam como desculpa o desconhecimento de que havia trabalho escravo na cadeia produtiva. Bezerra disse que é obrigação da Assembleia discutir o problema e oferecer soluções para acabar com o problema.
19/04/2013 12:04

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O presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais, Adriano Diogo (PT), conduziu nesta quarta-feira, 17/4, a oitiva de Nelson Volpato, presidente da Gep, sobre o uso de mão-de-obra escrava na cadeia produtiva da empresa. A sessão teve início com uma apresentação de vídeo que mostra as péssimas condições do local em que 27 costureiras, de origem boliviana, trabalhavam e moravam: extintores vencidos, ligações elétricas improvisadas (gambiarras), alimentos humanos misturados com alimentos caninos entre outras condições degradantes, como servidão por dívida. Durante a diligência, foram encontrados documentos ligando a Gep à oficina de costura, que no caso seria a quarteirizada, porque entre a Gep e a oficina havia ainda a fornecedora Silobay. Diante disso, responsabilizou-se a empresa pelas pendências salariais, pelos danos morais e pelo pagamento das multas junto ao Ministério do Trabalho, além da exigência da assinatura de um termo de ajustamento de conduta em que a Gep se compromete a observar e fiscalizar sua cadeia produtiva de maneira a não incorrer novamente nesse delito. O presidente da Gep disse que não sabia que um fornecedor subcontratava trabalho análogo ao escravo, e que vai cumprir não só o que determina o termo de ajustamento de conduta, como também ir além, contratando uma auditoria internacional para acompanhar e fiscalizar representantes e fornecedores da empresa.

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