Servidores pedem recursos para que Iamspe volte a oferecer atendimento de qualidade

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29/11/2021 14:31 | Atividade Parlamentar | Da assessoria do deputado Carlos Giannazi

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Carlos Giannazi participa de manifestação em frente ao HSPE<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-11-2021/fg279070.jpeg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Carlos Giannazi (PSOL) participou, na quinta-feira (25/11), de uma grande manifestação que ocorreu em frente ao Hospital do Servidor Público Estadual e à sede do Iamspe, dois prédios vizinhos na avenida Ibirapuera. Organizado pelo SindSaúde-SP em parceria com diversos sindicatos do funcionalismo estadual, o ato reivindica a valorização do quadro próprio de funcionários e o fim da política de terceirização. Outra exigência é a recomposição dos convênios, no interior, no litoral e na Grande São Paulo, com clínicas, hospitais e laboratórios.

Hoje são mais de 20 empresas terceirizadas dentro do HSPE. O atendimento piorou muito, e todos os dias o deputado recebe dezenas de reclamações. "Pessoas que vêm de longe, do interior, ficam, 10, 12 horas na fila esperando atendimento. Às vezes, a pessoa está na mesa de cirurgia e é informada de que a operação não poderá ser feita por qualquer motivo, como a ausência de algum profissional ou insumo", lamentou.

Caminhando junto com os manifestantes, a presidente da Associação dos Assistentes Sociais e Psicólogos do Tribunal de Justiça (AASPTJ-SP), Maricler Real, usou a si mesma como exemplo do serviço de excelência que o HSPE já teve, e que hoje está sucateado. "Mais do que dirigente sindical, eu sou uma usuária do Iamspe. Eu tenho uma prótese de quadril maravilhosa que recebi neste hospital. Mas há anos o HSPE não oferece mais prótese nenhuma, nem de quadril nem qualquer outra articulação", lamentou. "É inacreditável que esse governador, que beneficia grandes empresas com isenções fiscais, não contribua para a saúde dos seus servidores."

Para o diretor do Sindjesp, Luiz Milito, o ato também é importante como parte de uma luta maior, de toda a população contra a destruição do serviço público. "Está acontecendo no governo federal, com a PEC 32; no governo Doria, com a reforma administrativa recém-aprovada com o PLC 26; e com o prefeito de São Paulo fazendo a reforma da Previdência e aumentando a contribuição dos aposentados e pensionistas. Temos de mostrar nossa força em uma ampla reação contra todos esses ataques ao serviço público", explicou Milito, solicitando a Giannazi que organize uma audiência pública presencial na Alesp para o debate do tema.

Funcionária do Iamspe e dirigente do SindSaúde-SP, Regina Bueno, relatou que mais de dez médicos da cardiologia acabaram de pedir demissão por causa da falta de democracia na gestão do hospital. Ela criticou a privatização de áreas do hospital, com mão de obra terceirizada, em detrimento da realização de concursos públicos. Relatou também problemas inéditos nos 60 anos do hospital, "Nesta semana foi entregue até alimentação vencida", alertou indignada.

Guilherme Nascimento, presidente da Comissão Consultiva Mista do Iamspe, repudiou o projeto "descabido e fora de momento" apresentado pelo deputado Mauro Bragato (PSDB) acerca da criação de uma Fundação Pró-Iamspe. "Nós temos de discutir primeiro a criação de um conselho e de uma comissão fiscal do Iamspe", disse, uma vez que a atual comissão consultiva não tem poderes de decisão ou mesmo de fiscalização.

Giannazi já oficiou diversas vezes ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado pedindo a fiscalizações na gestão do Iamspe, mas, no momento, o principal objetivo é fazer o governo voltar a contribuir com o financiamento do instituto. Por isso, o deputado apresentou várias emendas ao Orçamento 2022 para potencializar o atendimento do Iamspe, tanto no HSPE como na rede conveniada. "O governo do Estado tem de investir para que todos os servidores sejam atendidos com dignidade".


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