A Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo recebeu, nesta terça-feira (26/10), o secretário de Estado da Fazenda e Planejamento, Henrique Meirelles, que fez a prestação de contas da sua gestão à frente da pasta. Meirelles apresentou ao colegiado um panorama dos indicadores fiscais do Estado, falou sobre a situação econômica paulista e destacou ações de retomada. "A economia de São Paulo tem um crescimento robusto, está crescendo bem mais que a economia nacional. [...] É importante notar que em 2019, São Paulo cresceu mais que o dobro da média nacional. Em 2020, quando a economia brasileira caiu 4,1%, São Paulo cresceu 0,3%, uma das poucas regiões que cresceu. Em 2021 o Estado registrou um crescimento substancialmente maior que no Brasil", disse. O secretário, porém, ressaltou o impacto que a inflação alta gera. "Gostaria de chamar atenção para a inflação, foi muito superior ao que todos esperavam, no mundo todo. [...] A inflação elevada afeta a arrecadação. As incertezas seguem elevadas no Brasil. A alta de juros é algo que está impactando fortemente a economia, a inflação, um aumento de preços de mercadorias exportáveis, como as commodities e das importadas", falou. Durante a prestação de contas, o secretário falou sobre a economia gerada após a aprovação da reforma da previdência. "Em virtude da boa reforma da previdência aprovada pelo Parlamento, temos uma pequena queda nos inativos e pensionistas, algo que está em linha com a necessidade de investimento do Estado na área social. [...] Existe uma necessidade de auxilio direto aos mais necessitados, além de programas de investimentos que gerem empregos", destacou. Investimentos No encontro, o deputado Enio Tatto (PT) questionou o secretário sobre o aumento da receita em comparação as despesas. "O governo prevê atualização da receita e das despesas. A receita prevê um crescimento de R$ 21,3 bilhões e nas despesas apenas R$ 1,5 bilhão, uma receita enorme e gastar menos?", falou. Na área de investimentos, Meirelles destacou o programa Pró SP, que vai reunir 8 mil obras em todas as regiões de São Paulo entre 2021 e 2022, com a expectativa de geração de 200 mil empregos. "O que o Estado vai fazer com aumento de arrecadação? Investimentos em hospitais, escolas, segurança, infraestrutura, transportes. Nós vamos ter 8 mil obras que vão gerar 200 mil empregos. Um grande plano de investimentos previstos até dezembro de 2022", disse. Parlamentares O deputado Vinicius Camarinha (PSB), líder do governo na Assembleia Legislativa, destacou o trabalho econômico no Estado de São Paulo, exaltando a parceria entre o Parlamento paulista, o Executivo estadual e a Secretaria de Estado da Fazenda. "O planejamento feito desde 2019 têm dado frutos, um amplo trabalho com grande participação da Secretaria da Fazenda", disse. O deputado Dirceu Dalben (PL) falou sobre o pioneirismo do Estado de São Paulo na busca pela vacina, que possibilitou a retomada econômica. "O Estado foi o primeiro da Federação a ir atrás de uma solução para o vírus, que é a vacina. Sem ela não teríamos uma retomada do crescimento. Essa Casa de Leis contribuiu para ajudar na vacina e na questão econômica do Estado", falou. O parlamentar pediu ainda um percentual dos recursos previstos no Orçamento para atender as demandas que o colegiado ouviu durante as audiências públicas. O deputado Gilmaci Santos (Republicanos), presidente da comissão, pediu a Meirelles uma agenda junto à secretaria, para a discussão e análise das demandas enviadas pela população ao Orçamento. "Há a possibilidade de abrir uma agenda dentro da secretaria para ouvir a comissão? Com alguém da equipe para que possamos debater junto ao líder do governo, o secretário da Casa Civil, as demandas que ouvimos para o Estado", disse. "Será um prazer. Terá gente disposta a receber e detalhar os questionamentos", respondeu Meirelles.