Aposentados e pensionistas prosseguem na luta pela votação do PDL 22/2020

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15/03/2022 17:40 | Atividade Parlamentar | Da assessoria do deputado Carlos Giannazi

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Todos os artifícios usados pelo governo para adiar a votação do PDL 22/2020 - que revoga o confisco de até 14% das aposentadorias e pensões inferiores ao teto do INSS (R$7.087,22) - não foram suficientes para desmobilizar as entidades do funcionalismo estadual. Em audiência pública convocada por Carlos Giannazi (PSOL), no dia 10/3, ativistas e apoiadores da causa descreveram o trabalho constante que vêm fazendo desde que começaram a ver seus contracheques subtraídos.

Lolita Munin relatou que o Movimento dos Aposentados e Pensionistas (Moapesp) surgiu da fusão de grupos de Whatsapp que denunciavam o verdadeiro crime praticado pelo governador Doria e seus asseclas na Assembleia Legislativa. "É muito triste nós sabermos de colegas que estão deixando de comprar medicamentos, que estão devolvendo produtos no caixa do supermercado", lamentou. Lolita está ciente de que aproximadamente metade dos parlamentares da Alesp votaram contra os servidores na reforma da previdência, o que abriu caminho para Doria lhes tungar a aposentadoria. Entretanto ela sabe que estamos em ano eleitoral, o que aumenta a força dos movimentos. "Ou os deputados nos valorizam, ou nós vamos fazer as suas ?descampanhas?", resumiu.

Também atuando no Moapesp, Rosalva Teixeira explicou as diversas atividades que são feitas para não deixar o movimento perder a força. Isso inclui desde um rodízio de trabalho entre as lideranças até ações de formação de novos militantes, o que inclui aulas sobre os recursos do Twitter e sobre os caminhos a serem percorridos para os algoritmos maximizarem novas visualizações. "Nós não podemos ficar só dentro da bolha", explicou.

A Apampesp, entidade que representa os professores aposentados e seus pensionistas, foi a principal responsável por um trabalho inédito. Nunca, na Assembleia Legislativa, um projeto recebeu tantas moções de apoio, debatidas e aprovadas em câmaras municipais de todo o Estado. Até agora são quase 300 documentos desse teor anexados ao PDL22 em sua tramitação. Para sua presidente, Valneide Romano, a entidade sempre busca desmascarar "as mentiras que o governador espalha pela mídia com a intenção de jogar a população contra o professor aposentado". Neste momento, entretanto, o principal foco de atuação são os deputados membros da Comissão de Fiscalização e Controle, para que votem com celeridade a emenda ao PDL22, o que permitirá que ele volte ao Plenário.

Laís Andrade, do Centro do Professorado Paulista, acentuou que desde 1997 os professores públicos vêm sendo agredidos e desvalorizados, o que se acentuou com o governo Doria. Também chamou atenção para a enganação da nova carreira do magistério: "O aumento é só no piso, não se estende a quem tem tempo de carreira. E o pior, aposentados e pensionistas estão fora".

Darlene Regina Mattes, presidente da Associação Paulista dos Aposentados de Cartórios Extrajudiciais (Apacej), e Maurício Canto, que lidera a luta dos contribuintes da Carteira dos Advogados, deixaram uma mensagem de otimismo no sentido de que a luta pode ser dura, mas, no final, será recompensada. Também participaram do encontro Gaspar Bissolotti Neto, do Sindicato dos Servidores Aposentados e Pensionistas da Alesp (Sindap); José Gozze, da Federação das Entidades de Servidores Públicos (Fespesp); Celso Giannazi vereador da capital pelo PSOL; Luciene Cavalcante, supervisora de ensino do município; além dos deputados Edna Macedo (Republicanos) e Coronel Telhada (PP).

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