Foi lançada nesta terça-feira, 25/4, a Frente Parlamentar de Apoio de Combate ao Câncer, coordenada pelo deputado Marco Vinholi (PSDB). De acordo com Vinholi, o objetivo da frente é propor, a partir de pesquisas e debates, ações de prevenção e tratamento do câncer. "A expectativa é de que 80% dos próximos novos casos de câncer ocorram nos países em desenvolvimento, sendo cerca de 600 mil no Brasil", disse o deputado, resslatando a importância de entender o papel social no combate à doença. O deputado Roberto Massafera (PSDB) destacou a necessidade de tratamentos alternativos. "O câncer é resultado da vida moderna e precisamos encontrar tratamentos alternativos às quimioterapias e radioterapias, porque em muitos casos elas curam, mas debilitam muito o paciente". A coordenadora da Rede Hebe Camargo de Combate ao Câncer e diretora técnica de Saúde, Sônia Alves, discorreu sobre dados referentes ao câncer: "Em 2016, foram 104 mil novos casos para uma população de 44 milhões de habitantes. O câncer é a segunda causa de óbito em São Paulo e no Brasil". Sônia destacou o papel da Rede Hebe Camargo no combate à doença, por meio do SUS. Atuando desde 2013, a instituição possui 76 unidades de serviço na área de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento do câncer. Acesso à sociedade O diretor-geral do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), Paulo Marcelo Hoff, apontou a urgência de garantir o acesso ao tratamento do câncer para as populações carentes. "Precisamos alcançar um patamar em que a pessoa que procure o serviço público de tratamento da doença encontre um atendimento igual ao de quem busca a iniciativa privada", ressaltou o médico, que também é diretor-geral do Centro de Oncologia do Hospital Sírio Libanês. "São Paulo tem lideranças políticas preocupadas com o tema e que buscam meios de solucionar o problema", afirma Hoff, e conclui: "se a pesquisa financiada, com baixo custo, pelo Estado esperasse a indústria farmacêutica, ela nunca teria ficado pronta". Segundo o diretor do Icesp, a taxa de cura da doença é de 60%. O médico finaliza lembrando a importância de discutir também os cuidados paliativos, para garantir a dignidade e humanidade aos pacientes terminais. Também compuseram a mesa o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Cauê Macris; o deputado Ricardo Madalena (PR); o diretor de Oncologia do Hospital Albert Einstein, Wilson Leite; a coordenadora do Hospital do Câncer em Fernando Prestes e presidente da Casa de Apoio em Barretos, Maria Borgonovi, e a representante do Coren/SP, Tânia de Oliveira Ortega, além de representantes de setores públicos, instituições de pesquisa, prevenção e tratamento, assim como hospitais e associações de apoio ao combate da doença.