A deputada esclareceu que essa prática está disseminada em várias cidades, citando alguns casos acontecidos em bairros da perifeira paulistana e em cidades da Grande São Paulo. Beth disse que já há notícias de suicídios de adolescentes por conta dos vídeos difamantes. O presidente da comissão, deputado Carlos Bezerra Jr. (PSDB), também se referiu às denúncias, citando casos que ocorreram no bairros de Grajaú, Parelheiros e na cidade de Embu das Artes. Os vídeos são montados por meninos ou meninas, estas com intuito de vingança, estabelecendo uma classificação em Top 10. Essa lista com imagens e frases ofensivas é divulgada nas redes sociais, em cartazes, e os nomes chegaram a ser pichados em muros dos bairros. Isso leva as vítimas de difamação a se isolarem socialmente ou até a mudar de bairro, algumas chegando a se automutilar ou a tentar o suicídio. O problema poderá ser abordado como crime cibernético, o parlamentar sugeriu à deputada Beth Sahão que peça a criação de uma CPI sobre o tema, para poder investigar o assunto mais profundamente . Essa proposta foi endossada por Hélio Nishimoto (PSDB). Raul Marcelo (PSOL) sugeriu a criação, dentro da CDH, de um grupo de trabalho, com participação do MP e da Defensoria Pública para discutir o tema. A ideia é estabelecer um protocolo para acelerar os processos de retirada do ar de conteúdos ofensivos. A CDH aprovou o envio de ofícios sobre o tema da audiência pública, um deles pedindo a criação de legislação pertinente. Cópias desses documentos serão enviadas também à Defensoria Pública e ao Movimento Ministério Público Democrático. Participaram também da reunião os deputados Marcia Lia (PT) e André Soares (DEM)